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Programas de atenção à saúde nos ambientes organizacionais

Médico Alberto Ogata apresenta estratégias que podem ser adotadas por organizações para combater a obesidade nos ambientes de trabalho.

Laura Toyama Cardoso de Souza

1 de dez de 2022 (atualizado 27 de ago de 2024 às 20h03)

A obesidade é multifatorial e, geralmente, acompanha outras condições de saúde. Uma vida saudável é construída na rotina, o que inclui o ambiente de trabalho, que pode desempenhar papel determinante na mudança de hábitos e reeducação alimentar. É o que o médico e mestre em economia e gestão da saúde, Alberto Ogata, discorre sobre na live do Painel Brasileiro da Obesidade “Promoção no controle de peso no ambiente de trabalho”.

“A saúde é feita em casa, os hospitais são para conserto”. A frase de Edmund Nigel Crisp, membro do setor público de saúde britânico, é a abertura da apresentação de Ogata sobre obesidade e sobrepeso e sua relação intrínseca com os determinantes sociais de saúde, e de que forma o ambiente organizacional pode atuar nessas questões.

Impactos da obesidade

Para ele, a abordagem atual sobre as condições socioeconômicas e políticas que impactam a saúde das pessoas é pouco efetiva, tanto no setor público quanto privado. “Não colocar os determinantes sociais de saúde nas discussões sobre a obesidade as torna incompletas”, comenta o médico.

Durante a pandemia de Covid-19, os dados escancararam que quadros de insegurança alimentar, gênero, raça, pobreza e doenças pré-existentes foram determinantes para alguns grupos mais vulneráveis da população.

Para as pessoas com obesidade, são notórios os impactos da doença: segundo dados da revista acadêmica Obesity Reviews, apresentados pelo palestrante, o risco de positivar para Covid-19 aumenta em 46%, de hospitalização 113%, admissão na UTI 74% e de mortalidade, 48%.

Nesse contexto, outros fatores foram associados a uma piora na saúde da população e aumento de casos de obesidade em várias faixas etárias, como a redução significativa do consumo de alimentos in natura e aumento dos processados, uso crescente de álcool e cigarro, além do aumento do comportamento sedentário, por conta do isolamento.

De quem é a responsabilidade?

“Colocar a responsabilidade da saúde somente no indivíduo ou nos sistemas de saúde não é uma boa estratégia”, defende Ogata, “muitas vezes atuam apenas como agentes reparadores”. Pensando nisso, o médico também apresenta uma série de estratégias que podem ser aplicadas pelas organizações para auxiliar as pessoas no combate e na prevenção da obesidade e no desenvolvimento de hábitos saudáveis.

Para ele, somente levar a informação não é capaz de gerar mudanças significativas, é preciso partir para a etapa das competências. Uma forma de promover essas mudanças é aplicar, por exemplo, subsídios para atividade física, orientação nutricional ou um sistema de incentivos para a adesão em programas de atenção à saúde, que pode acontecer por meio de bônus.

O sucesso dos programas depende de alguns fatores, como identificar qual é o problema dentro de cada organização, que pode ser diagnosticado através de eventos, de pesquisas. “A partir daí é preciso iniciar um processo de sensibilização, que estimule as pessoas a tomar iniciativa, através da apresentação de iniciativas”, comenta.