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Acontece no PBO

Falta de atenção faz paciente com obesidade perder até seis anos de tratamento

Dado foi revelado em live do Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) por especialista da Associação Brasileira de Estudos para Obesidade (ABESO)

André Derviche Carvalho

9 de dez de 2021 (atualizado 3 de ago de 2022 às 14h55)

Indivíduos podem levar até seis anos para procurar tratamento da obesidade. A constatação faz parte de uma pesquisa patrocinada pelo laboratório Novo Nordisk e foi publicada em 2019 na revista Diabetes, Obesity and Metabolism. Entre as causas para o atraso, a falta de diálogo entre médico e paciente aparece como destaque. Considerando a complexidade do problema, torna-se um obstáculo a ser enfrentamento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2025, 2,3 bilhões de adultos estejam acima do peso, sendo destes 700 milhões com obesidade. A doença crônica em questão, cuja prevalência aumentou em 72% entre 2006 e 2019 no Brasil, pode estar associada a diversos fatores que vão desde características genéticas do indivíduo até suas condições econômicas.

Em evento promovido pelo Painel Brasileiro da Obesidade (PBO), uma iniciativa do Instituto Cordial patrocinada pela Novo Nordisk, o doutor Fábio Trujilho, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos para Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), afirmou que o problema da obesidade nem sempre é abordado adequadamente. Considerando um atraso no tratamento que pode chegar a até seis anos, ele afirma: “Perdemos só aí uma janela de oportunidade muito grande, não só de tratar a obesidade, mas de evitar que ela traga complicações para essa pessoa”.

O caminho seria ter profissionais da saúde mais atentos a quadros de obesidade e sobrepeso em seus pacientes. Além disso, é importante eles estarem mais dispostos a abordar o tema junto ao indivíduo.

Já quando se fala efetivamente na fase de tratamento da doença, é importante garantir a transdisciplinaridade. “A primeira coisa que eu preciso é entender o que levou essa pessoa a ficar acima do peso”, afirma o doutor Trujilho, que também é endocrinologista. Assim, o tratamento pode envolver outras áreas da saúde, como a de Educação Física, Fisioterapia e até de Psicologia Comportamental para avaliar a implementação das mudanças de hábitos que o tratamento da obesidade exige.

Outros dois temas, já amplamente discutidos nas lives do PBO, também foram abordados na apresentação do doutor Trujilho: o uso de medicamentos e a cirurgia bariátrica como opções terapêuticas para pacientes com obesidade. No primeiro caso, especialistas já indicaram a eficácia na administração de fármacos. Mas tudo deve ser feito com acompanhamento e indicação médica. “Nem todos vão responder de forma igual a cada um dos medicamentos”, alerta Trujilho.

Do mesmo modo, a cirurgia bariátrica exige uma série de critérios a serem atendidos antes de o procedimento ser escolhido. Além disso, o pós-operatório também aparece como um momento de maior atenção. Mesmo assim, profissionais da saúde já reconhecem que a bariátrica é um caminho possível: “Quando bem aplicada, ela traz mais benefícios do que riscos”. 

Com isso, mais do que mudar o estilo de vida, a rotina alimentar ou até mesmo o tratamento, a sociedade precisa encarar a obesidade como um problema de saúde. “Essa conscientização da nossa sociedade para olhar esse problema com uma preocupação além da estética, olhando a saúde, precisa ser discutida”, conclui Trujilho.