Destaques do período

Eventos

• O Painel Brasileiro da Obesidade (PBO) manteve o ciclo de eventos semanais com a atividade:
  • • 29 de janeiro. O Fórum DCNTs promoveu a live “Prioridades em Condições Crônicas Não-Transmissíveis para 2024”;

Geral

• A Federação Mundial da Obesidade (WOF, na sigla em inglês) lançou a campanha de conscientização para o Dia Mundial da Obesidade. Este ano, o objetivo é abrir uma conversa mais abrangente, observando a saúde, a juventude e o mundo ao nosso redor para descobrir como podemos lidar com a obesidade juntos;

• O Ministério da Saúde lançou o “Plano Estratégico de Difusão, Disseminação e Implementação do Guia de Atividade Física para a População Brasileira: Documento Orientativo às Instituições de Ensino Superior”. Este plano tem como objetivo principal articular, junto aos principais atores envolvidos, estratégias para ampliar o acesso do Guia à população em geral, aos profissionais e aos gestores.

Fique de olho

• Curso “Introdução ao SUS” em formato online com carga horária de 60 horas;
• 21 de fevereiro. A Organização Mundial da Saúde promove o debate “Reescrevendo o Roteiro para as Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DNCTs): a Pesquisa de Implementação Pode Mudar o Jogo para as Políticas Públicas?”;
• 23 de fevereiro. O FórumCCNTs realiza o evento “Para onde a nova Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer nos levará?”;
• 24 de fevereiro. O Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Ambulim) promove o I Simpósio de Sono e Comportamento Alimentar.

Agenda do Painel Brasileiro da Obesidade:

Fique de olho em nosso canal do Youtube! 

Quinta-feira, às 11h.

• 22 de fevereiro. Live “Guia Atividade física e câncer: recomendações para prevenção e controle” com Rafael Deminice, professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL);
• 29 de fevereiro. Live “Percepção dos profissionais de saúde sobre a obesidade na Atenção Primária à Saúde (APS)” com a presença de Doralice Ramos,  analista de saúde do Painel Brasileiro da Obesidade.

Qualidade de dados antropométricos de crianças menores de 5 anos no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, 2008-2020

Autores: Iolanda Karla Santana dos Santos, Wolney Lisboa Conde
Fonte: Cadernos de Saúde Pública
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
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Por que o tema é relevante?

O acompanhamento do estado nutricional é essencial nos cuidados de saúde da criança. A compilação desses dados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) possibilita a formulação,  implementação e monitoramento de políticas públicas de alimentação e nutrição. 

Qual é o objetivo do artigo?

Analisar a qualidade de dados antropométricos de crianças menores de 5 anos no SISVAN no período de 2008 a 2020.

Quais as principais conclusões?

Após analisar um banco de dados com mais de 141 milhões de crianças, constatou-se que 26,76% foram excluídas devido a problemas como registros duplicados, acompanhamento em diferentes municípios na mesma data e inconsistências nas informações de nascimento e sexo. Isso resultou na análise de dados de mais de 23 milhões de crianças menores de 5 anos. Entre as informações remanescentes, alguns padrões se destacaram:

• A preferência por certos dígitos foi observada (0 e 5), sugerindo uma tendência de arredondamento nos valores de altura e peso;
• Notavelmente, a incidência de Valores Biologicamente Implausíveis (VBI) foi maior para altura do que para peso, e houve uma redução significativa desses VBIs de 2008 a 2020. Por exemplo, a presença de VBIs referentes ao índice de altura para a idade diminuiu de 5% para 2,5%;
• A maior frequência de VBIs para altura foi observada em crianças de 12 a 23 meses, sugerindo dificuldades na avaliação adequada nessa faixa etária;
• Mesmo após a exclusão dos VBIs, a dispersão dos dados permaneceu maior do que o esperado para os três índices nutricionais (peso para idade, altura para idade e índice de massa corporal para a idade); 
• Além disso, as disparidades regionais nos VBIs foram menores nas regiões Sudeste e Sul.

Portanto, os resultados sugerem avanços na qualidade dos dados antropométricos durante o período investigado. No entanto, são necessários investimentos em ações para aprimorar a coleta e o registro dessas informações, visando atingir padrões de qualidade mais elevados e garantir uma avaliação precisa da saúde infantil.

Defining success in adult obesity management: A systematic review and framework synthesis of clinical practice guidelines

Autores: Nicole Juul-Hindsgaul, Zahra Alalwani, Anne-Marie Boylan, Jamie Hartmann-Boyce, David Nunan
Fonte: Clinical Obesity
Publicado em: 2024
Tipo de arquivo: Artigo de periódico
Tipo de estudo: Revisão
Link para o original

Por que o tema é relevante?

A obesidade é uma doença crônica e complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. No entanto, atualmente, não há uma definição padrão de sucesso para o manejo da obesidade.

Qual é o objetivo do artigo?

Fornecer uma análise quantitativa e qualitativa de definições de sucesso em diretrizes de prática clínica relacionadas à obesidade.

Quais as principais conclusões?

O estudo revisou um total de 16 diretrizes, abrangendo 12 países, uma diretriz global e uma diretriz europeia, publicadas entre 2000 e 2020. As definições de sucesso mais comuns foram relacionadas à perda de peso (por exemplo, % do peso corporal) ou a resultados de saúde (por exemplo, redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares). 

Estas definições foram analisadas em relação à cirurgia bariátrica, intervenções de estilo de vida, farmacoterapia e manejo da obesidade, sendo categorizadas como indefinidas quando não especificadas. Observou-se que as definições associadas aos resultados de saúde foram mais presentes no contexto do manejo da obesidade em geral e da cirurgia bariátrica, enquanto os objetivos relacionados à perda de peso estiveram mais evidentes no manejo da obesidade. Não foi encontrada uma definição padrão de sucesso nas diretrizes, e não foram observadas inconsistências entre elas. 

A análise descritiva revelou que o sucesso não foi explicitamente definido, mas sim abordado como metas ou recomendações, ou inferido ao descrever o fracasso. Apesar de as diretrizes serem direcionadas principalmente para profissionais da saúde, também incluíam pessoas vivendo com obesidade como público-alvo, embora a linguagem e o conteúdo refletissem predominantemente a perspectiva clínica.