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PBO recomenda que MEC inclua obesidade no currículo acadêmico

Iniciativa organiza documento recomendando abordagem do cuidado da obesidade no ensino superior brasileiro

André Derviche Carvalho

8 de dez de 2023 (atualizado 9 de dez de 2023 às 13h20)

Imagem: Ana Marina Coutinho Titonele

O PBO (Painel Brasileiro da Obesidade), iniciativa do Instituto Cordial, recomendou ao MEC (Ministério da Educação) a inclusão da temática obesidade no currículo acadêmico do Brasil. A iniciativa alerta para os perigos de uma formação deficitária de ensino superior que não contemple o cuidado da obesidade, doença que atinge 25,9% da população brasileira e que é um dos principais fatores de risco para diversos tipos de cânceres.

A recomendação foi resultado de uma mesa-redonda organizada pelo PBO, que ocorreu nos dias 27 e 28 de novembro e 4 de dezembro. Profissionais de saúde, professores universitários, membros de conselhos e associações de classe, entre outros especialistas, assinaram a recomendação. A ideia é que o documento seja enviado ao MEC até o fim deste mês de dezembro.

“A obesidade é um desafio de saúde pública complexo e multifatorial, que demanda uma abordagem multidisciplinar. No entanto, lacunas significativas persistem na formação dos profissionais de saúde durante sua graduação, resultando em uma falta de preparo para lidar com esse fenômeno com a complexidade que ele exige”, alerta a recomendação.

Assim, o grupo, coordenado pelo PBO, sugere que as instituições de ensino superior do Brasil incluam de forma transversal e substancial a formação para a obesidade no currículo dos cursos de saúde, como Medicina, Nutrição, Enfermagem, Educação Física, Psicologia e outros. “Essa inclusão deve abranger não apenas aspectos epidemiológicos e biomédicos, mas, sobretudo, os aspectos psicológicos, nutricionais, sociais, culturais, históricos, políticos, ambientais e comportamentais associados à obesidade”.

Ao longo dos seus anos de atuação, o PBO sempre apontou para a importância de um cuidado humanizado da obesidade, que não culpabilize o paciente e que considere sua realidade. Assim, o cuidado torna-se mais integral e eficaz. Para isso, é importante que os profissionais de saúde sejam formados desde a graduação para isso.

O documento indica, para além da inclusão transversal na graduação, que projetos de extensão e estágios sejam pilares que possam apoiar a formação de profissionais de saúde para o cuidado da obesidade. Ela também pode ser tematizada no PET-Saúde (Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde) e no VER-SUS/Brasil, que proporciona ao estudante 15 dias de vivência multiprofissional no sistema de saúde municipal ou estadual.

A recomendação será dirigida ao MEC, mais especificamente à Sesu (Secretaria de Educação Superior) e à SGTES (Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde), do Ministério da Saúde, além dos Conselhos Nacionais de Saúde e de Educação.

As recomendações pela obesidade no currículo acadêmico

A mesa-redonda apontou diversas recomendações, em diferentes níveis de incidência. De modo sintético podem ser apresentadas as seguintes:

  • Incluir a obesidade, de forma transversal, na matriz curricular dos cursos da área da saúde, em especial em disciplinas obrigatórias, bem como a criação de disciplinas optativas;
  • Apresentar a obesidade não apenas em suas características fisiopatológicas, como também em seus aspectos sociais, ambientais e, principalmente, pensando nas pessoas por ela acometidas e seus desafios;
  • Abordar a obesidade no contexto e a partir dos princípios do SUS, que também devem ser fortalecidos no currículo. Desta forma, os profissionais devem estar preparados para atuar tendo em vista a realidade na qual a pessoa atendida está inserida.;
  • Garantir a abordagem da obesidade em um processo de formação contínua, para que os docentes também se envolvam na transformação de sua abordagem no currículo em seus diferentes aspectos, sejam eles conceituais, do processo saúde-doença, entre outros, adequando-os na formação dos profissionais de saúde;
  • No longo prazo, é importante que as entidades responsáveis considerem alterações nas diretrizes curriculares e nos projetos pedagógicos dos cursos, reforçando a necessidade da inclusão da obesidade, questão de saúde pública crescente e prevalente em mais de ¼ da população brasileira.

A recomendação do documento, coordenado pelo PBO visa mobilizar os tomadores de decisão e entidades que, de alguma forma, participam do processo de formação para o cuidado da obesidade.

Assinam o documento

ACT Promoção da Saúde
Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN)
Centro Universitário da Amazônia (Uniesamaz)
Conselho de Saúde do Distrito Federal (CSDF)
Conselho Federal de Educação Física (CONFEF)
Conselho Federal de Enfermagem(CFE)
Conselho Regional de Nutrição (CRN-4)
Faculdade de Medicina de Marília
Grupo de Estudos em Transtornos Alimentares, Diabetes e Obesidade (Gestalo)
Instituto Cordial/Painel Brasileiro da Obesidade
Instituto Desiderata
Laboratório de Vida Ativa do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte da UERJ
Núcleo de Epidemiologia e Biologia da Nutrição (Nebin)
Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS)
Uniabeu Centro Universitário
Universidade Celso Lisboa (UCL)
Universidade de Brasília (UnB)
Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES)
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Universidade Federal do Piauí (UFPI)