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Conheça a Pesquisa Nacional de Saúde

De responsabilidade do IBGE, inquérito foi feito em 2013 e 2019 e ajuda a entender o cenário da obesidade no Brasil

André Derviche Carvalho

21 de ago de 2025 (atualizado 21 de ago de 2025 às 10h53)

Dados são ferramentas importantes para o monitoramento de doenças e planejamento de políticas públicas. No campo da saúde, há várias fontes. Entre elas, há a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), realizada em 2013 e 2019. Apesar das limitações, a PNS ainda é ferramenta importante para delimitar o estado nutricional da população brasileira. Além disso, especialistas indicam que ela deve ser integrada a outras bases.

A PNS é um inquérito de base domiciliar e âmbito nacional, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Assim, a pesquisa abrange todo território nacional e divide-se em setores censitários. A população-alvo é constituída por moradores em domicílios particulares permanentes.

“Uma pesquisa como a PNS não tem um único objetivo, é um questionário enorme. O Ministério da Saúde define os indicadores prioritários”, explica Paulo Roberto Borges de Souza Jr, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz.

A pesquisa traz diversos indicadores. Por exemplo, com ela, é possível estimar a proporção de adultos com obesidade e diabetes. Além disso, também indica a proporção de indivíduos com plano de saúde médico ou odontológico e identifica aqueles que utilizaram práticas integrativas complementares.

A Pesquisa Nacional de Saúde e a obesidade

O IBGE fica encarregado de fazer o trabalho de campo da Pesquisa Nacional de Saúde. Em 2013, foram feitas 64,3 mil entrevistas. Na segunda edição, de 2019, o número de entrevistas saltou para 94,1 mil, com a taxa de não resposta em 6,4%.

O aumento da amostragem é positivo para a relevância da pesquisa. Porém, há efeitos colaterais. Por exemplo, em 2013 a PNS conseguiu aferir o peso e altura de toda a sua amostra. Em 2019, no entanto, com o aumento da amostragem, nem todos os indivíduos tiveram peso e altura aferidos.

“Em 2019, tivemos o aumento da amostra, o que foi muito bom e produziu estimativas mais precisas, porém, o aumento nos custos talvez tenha impactado na aferição das medidas antropométricas e perda de precisão nas estimativas de estado nutricional”, diz Paulo Roberto. Com isso, o desafio é conciliar a amostragem, a precisão e o orçamento que o Ministério da Saúde disponibiliza para a realização da pesquisa.

Dados em saúde

Nesse sentido, Paulo Roberto indica que a Pesquisa Nacional de Saúde deve estar integrada com outras bases em uma RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde). Além disso, métodos multimodais também ajudam a tornar o desenho da PNS mais efetivo.

A RNDS tem várias fontes de informação. Há os sistemas de informação em saúde (Sinasc, SIM, Sinan, etc); inquéritos populacionais (PNS, Vigitel, Pense, etc). “Essas fontes formam um grande sistema nacional de informação em saúde, que fornece informações para o Ministério da Saúde e para o conhecimento científico na área da saúde para o Brasil e para o mundo”, diz Paulo Roberto.

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Por meio de inquéritos de saúde, é possível investigar as condições de saúde e exposições de risco, assim como avaliar o desempenho do sistema de saúde, em conjunto com características socioeconômicas. Apesar disso, surgem limitações como o fato de eles considerarem morbidade autorreferida. Ou seja, a morbidade só será identificada se for declarada pela própria pessoa, excluindo casos em que não há acesso ao diagnóstico médico.

Além disso, os inquéritos incluem apenas moradores presentes no domicílio no período da pesquisa. Isso pode excluir casos mais graves que estão ausentes no momento da pesquisa, por internação ou óbito. Também estão restritos ao âmbito regional e estadual, dificultando o uso dos inquéritos para políticas municipais de saúde.